De 2002 a 2005
2008
2008
De 2002 a 2005
As fotos a seguir são de instalações que fiz nas ruas, praças e parques de cidades como São Paulo, Blumenau e Brande (Dinamarca), entre 2002 e 2005.
As ruas da cidade são bem diferentes dos museus, galerias e espaços institucionais; o trabalho não está em exposição para apreciação de um público especializado; ele torna-se parte da vida cotidiana, aceita o ambiente heterogêneo que o cerca.
Na rua não se é livre para fazer tudo o que se quer; deve-se considerar o entorno onde a obra será instalada, respeitar o fluxo de pessoas e veículos, o ambiente de trocas e usos...
Mas será que é mesmo uma obra de arte uma vez que está completamente disponível, pode ser manipulada, destruída, desmantelada por aqueles que passam por ali?
Instalar trabalhos na rua é buscar uma outra maneira de exposição; é correr o risco de passar desapercebido, de ter uma vida efêmera e fugaz; da obra existir apenas como documentação.
Para fazer estes trabalhos uso os mesmos materiais das construções simples e precárias que convivem com as edificações sólidas e permanentes que encontro na cidade de São Paulo.
O uso que faço deles vem das coisas que vejo por onde passo, das vistas e visões que tenho ao esquadrinhar cada acontecimento inesperado e mambembe: as barracas de rua de feiras e camelôs, as cercas que isolam canteiros de obra, as passagens temporárias que mudam o caminho dos pedestres, as faixas penduradas nos postes e semáforos.
Tenho a intenção de penetrar na textura da cidade, misturar-me, impregnar-me pelo entrono, confundir-me com a paisagem urbana, direcionar a atenção para o coletivo, disponibilizar algo de mim para um número indefinido de pessoas.
E o que me interessa é a possibilidade que o espaço público oferece da obra estar na cidade, ser uma coisa no mundo, ser uma experiência disponível para alguns.
Renata Pedrosa
As fotos a seguir são de instalações que fiz nas ruas, praças e parques de cidades como São Paulo, Blumenau e Brande (Dinamarca), entre 2002 e 2005.
As ruas da cidade são bem diferentes dos museus, galerias e espaços institucionais; o trabalho não está em exposição para apreciação de um público especializado; ele torna-se parte da vida cotidiana, aceita o ambiente heterogêneo que o cerca.
Na rua não se é livre para fazer tudo o que se quer; deve-se considerar o entorno onde a obra será instalada, respeitar o fluxo de pessoas e veículos, o ambiente de trocas e usos...
Mas será que é mesmo uma obra de arte uma vez que está completamente disponível, pode ser manipulada, destruída, desmantelada por aqueles que passam por ali?
Instalar trabalhos na rua é buscar uma outra maneira de exposição; é correr o risco de passar desapercebido, de ter uma vida efêmera e fugaz; da obra existir apenas como documentação.
Para fazer estes trabalhos uso os mesmos materiais das construções simples e precárias que convivem com as edificações sólidas e permanentes que encontro na cidade de São Paulo.
O uso que faço deles vem das coisas que vejo por onde passo, das vistas e visões que tenho ao esquadrinhar cada acontecimento inesperado e mambembe: as barracas de rua de feiras e camelôs, as cercas que isolam canteiros de obra, as passagens temporárias que mudam o caminho dos pedestres, as faixas penduradas nos postes e semáforos.
Tenho a intenção de penetrar na textura da cidade, misturar-me, impregnar-me pelo entrono, confundir-me com a paisagem urbana, direcionar a atenção para o coletivo, disponibilizar algo de mim para um número indefinido de pessoas.
E o que me interessa é a possibilidade que o espaço público oferece da obra estar na cidade, ser uma coisa no mundo, ser uma experiência disponível para alguns.
Renata Pedrosa